domingo, 26 de abril de 2009

O sabor do desconhecido


Hoje tive uma conversa simpática com um novo bom amigo sobre o que esperar do futuro, sobre o poder e querer saber onde as nossas acções nos levam.

Isto pôs-me a pensar que a vida não teria metade da piada se soubessemos de antemão o que o futuro nos reserva. Gostaria de saber o que estarei a fazer e onde estarei daqui a um ano ou dois? Honestamente, acho que não, acho que o trajecto perdia metade da graça porque já não caminhava para o desconhecido, seria a mesma coisa que ler um livro ou ver um filme e já saber o seu final, perde-se o factor surpresa, aquele que tanto nos faz vibrar.

Os objectivos não o são por si só, assim como apenas as metas não me satisfazem. O trajecto pode (e deve) ser tão gratificante e enriquecedor como o seu fim. Sou uma mulher que se satisfaz e é feliz com coisas muito simples, provavelmente por isso não me concentro apenas no grande bolo, mas acho honestamente que, assim chego ao fim do dia e espremo mais sumo da vida.

Estou deliciada a viver este momento e não aquele que ainda não vivi...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mulher...


Hoje enquanto navegava encontrei a seguinte frase:


Mulher! nem submisa nem devota, livre, linda e louca!...


O meu primeiro pensamento foi que era uma celebração à mulher, à mulher forte, à mulher independente, à mulher confiante e cosmopolita, até que, olhei com mais atenção, voltei a ler mais um par de vezes e concluí que a frase não era nem tão forte nem tão correcta assim.


Sim, é um facto, a mulher quer-se livre linda e uma pitada de loucura nunca fez mal a ninguém, mas a mulher não pode ser só isso, só liberdade, so independência, ter-se a si e só a si.


Nós mulheres, por muito que confiantes e independentes que possamos ser, gostamos também do nosso ninho, do nosso carinho, do nosso conforto e aconchego.


Submissa e devota ? Não creio, mas depois de reformulada a frase acho que ficava bem melhor assim:


Mulher! Companheira, amante, amiga... Livre, linda e louca!...



Porque não precisamos de provar nada a ninguém, mas aquele mimo vem mesmo a calhar.

domingo, 19 de abril de 2009

Equilíbrios



Pois é, o dia da carnificina aka cirurgia já passou e devo desde já afirmar que estava à espera que fosse bem mais difícil, agora estou, claro, em franca recuperação, eu sei que a missa nem a meio vai, mas nada como aligeirar estas questiúnculas até porque muito do mesmo até a mim aborrece... Como tal, meus pensamentos presentes nada têm a ver com isto, têm a ver apenas com um estado de espírito!

Assim sendo, hoje apetece-me só dizer que estou feliz!

O Universo arranja assim uns equilíbrios :)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Assim sendo...

É oficial, hoje sinto medo...

Não me apetece atender o telefone, não me apetece conversar, não me apetece brincar ao faz de conta, não me apetece ter conversas onde digo que está tudo bem, não está...

Hoje sinto medo!

domingo, 5 de abril de 2009

Solicitações

Estupidamente já tenho dado por mim a pensar que isto de andar doente até nem é assim tão mau, senão vejamos.

Estou de férias já há 15 dias quase, e durante este período o tempo escasseia para conseguir responder a todas as solicitações, ou são os amigos da vida, ou são os amigos do trabalho, ou é a família, em boa verdade quase que tenho de escrever na agenda quem é que fica com que dia e agora que já só me sobram duas noites antes da carnificina tenho quase que sortear quem é que fica com elas.

Se por um lado não deixa de me mexer com os nervos as sapatadinhas nas costas e os olhares do "vai correr tudo bem, estamos contigo, mas não gostava de estar na tua pele", por outro, este mimo todo e toda esta atenção de tanto lado, até me faz ver que eu até devo mesmo ser uma gaja porreira, para ter assim tanta gente que goste de mim e que de facto queira estar comigo neste período (que não é assim tão...) difícil.

Em boa verdade? É pena terem de acontecer estas coisas para acordarmos e percebermos que temos de dar mais valor às coisas que realmente importam, mas a vida distrai-nos, confunde-nos com a sua persistente azáfama.