segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amanhecer na Ribeira do Porto



A Minha G. fez anos, e claro que foi ela que escolheu como queria celebrar o dia que marcou a primeira vez que deu um berro na terra.
Éramos os 4, aqueles quatro que são muito especiais na vida uns dos outros, aqueles quatro que sabemos que as nossas vidas estarão ligadas para sempre, aqueles quatro que a vida não vai conseguir separar.

A noite começou claro, na petiscada. Ele foi punhetas de bacalhau, moelas, bifanas, pimentos padron, bem regados a sangria, na baixa do Porto, numa tasca que eu honestamente desconhecia, mas que tenciono visitar brevemente, já que fiquei mais que satisfeita quer com o espaço, quer com a petiscada propriamente dita.

O plano era ir dançar um pouco e acabar na praia, pois bem, o pouco transformou-se em nada, já que o tendinha estava de tal forma cheio que até respirar era difícil e a praia transformou-se em ruelas do Porto e Ribeira.

A noite, mais uma daquelas, especial. De facto quando as emoções são verdadeiras, quando a amizade é amor, quando a vergonha é nenhuma e a confiança inabalável, o sentimento é pleno e a experiência maravilhosa.

Este amor nada tem de delicado, quando se ama pode-se dizer tudo, pode-se fazer tudo e é libertador. Cada vez mais acredito, não desprezando os profissionais, que as pessoas que não têm amigos destes devem visitar bem mais frequentemente os psicólogos, claro que há questões que são difíceis de ultrapassar, sem dúvida alguma, mas a verdade é que se confiamos num grupo de pessoas como este podemo-nos libertar de cargas tremendas que pairam sobre nós sem o menor remorso de a partilhar com aqueles que sabemos que o fazem com toda a alegria. Mais! Sabemos que dar um pouco da nossa dor só vai fazer aquela pessoa feliz...

Noites destas enchem-me a alma de carinho, noites destas elevam-nos enquanto pessoas e noites destas acabam na Ribeira de manhã a ver o sol nascer e com sorte até, já bem alto a aquecer os nossos rostos e os nossos corações.

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