segunda-feira, 18 de maio de 2009

Depois do momento


O importante não é como, e muito menos quando, conhecemos as pessoas, o importante é o que se faz a partir desse momento.
A maior parte das vezes não me recordo de quando vi as pessoas que me são importantes pela primeira vez, agradeço é essa fracção de segundo ter acontecido, e agradeço mais ainda o facto de poder eternizar esse momento com a sua presença, de poder eternizar esse momento com conversas e segredos, de poder eternizar esse momento com aquela cumplicidade que te diz, que a alma daquela pessoa está irremediavelmente enroscada na tua. Adoro a eternidade que posso ter com as pessoas!
Da mesma forma que amo com o que se faz a partir do momento de partida, detesto o oposto. Detesto o que se deixa de fazer!

Pessoas instantâneas ou de circunstância, irritam-me. Uma pessoa instantânea é aquela que está com outra, que passa tempo com ela, que sai com ela, apenas por ser o que está mais à mão, é o que dá mais jeito, mais prático. É tudo lindo, saídas divertidíssimas, conversas superinteressantes, só sorrisos e alegrias, gargalhada então? Essa é a toda a hora... Tem é de se manter assim!
Tudo o que é de circunstância mexe-me um pouco com os nervos, até as conversas, e posso até entender e concordar que a própria vida pode afastar as pessoas, nada mais natural, tenho amigos com quem não estou há muito tempo porque a vida nos distrai, não, não é disso que falo pois até entendo que nos dias que correm dá sempre jeito ter ali um "amigo" para o copo no fim do trabalho ou até para o conselho de última hora, afinal se calhar recorrer aos verdadeiros amigos não é tão imediato e dá mais trabalho.


Mas pá, as mudanças drásticas fazem com que me sinta defraudada em relação ao investimento que fiz em relação a determinadas pessoas, hoje estão na minha vida e amanhã deixam de estar? Fez-se chocapic, foi? Eu sei, eu sei que é recorrente, que acontece a todos (mais a uns que a outros), assim como sei que este sentimento de perda só acontece porque criei expectativas, porque até se põe as pessoas numa consideração da qual não são merecedoras, mas hoje apeteceu-me muito dizer que as pessoas ainda me desiludem mais do que aquilo que esperava.


Vamos continuar a viver no mundo dos sorrisos depois disto? Não sei, mas acho que não.


P.S - Agora sim ando com uma neura brutal pela falta da medicação. E pelos vistos é o começo. Merd*!!!

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